PSB fica mais distante de aliança com PT em SP
O PT já fechou acordo com PDT, PPL, PR e PRB e está próximo de obter o apoio do PC do B. Os petistas também pretendem fazer composição com PTN, PT do B, PRP, PSL, PHS e PSC. "O PSB é fundamental para a construção do nosso projeto, mas nós temos respeitado a condição do PSB de construir candidatura própria", afirmou o presidente do PT no Estado, Edinho Silva, que nega que o partido tenha desistido do PSB.
França, no entanto, é categórico ao falar sobre o assunto. "A chance de o PSB apoiar o Mercadante é a mesma de o PT apoiar nosso pré-candidato Paulo Skaf (presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo/Fiesp)", disse. Vetado por lideranças do PT e do PDT, que não aceitam Skaf como vice-governador na chapa de Mercadante, o PSB recebeu uma oferta generosa do PP. "Estamos negociando com os nossos aliados o cargo de vice-governador e as duas vagas ao Senado", afirmou o deputado Celso Russomanno, pré-candidato do PP ao governo.
O PT já definiu que uma das vagas da coligação ao Senado será da ex-prefeita Marta Suplicy. A outra deve ficar com o vereador Netinho de Paula, do PC do B. Edinho nega que haja resistência de membros do PT ao nome do cantor. "Ao contrário, Netinho é uma liderança em ascensão, muito respeitada e querida dentro do PT, mas ainda é cedo para definir essa questão", disse. A vaga de vice-governador na chapa deve ser oferecida ao PDT.
Aos partidos menores, o PT pretende oferecer as vagas de suplente no Senado. "Queremos ampliar nossa aliança. Não é hora de encerrar as negociações. Os partidos aliados querem participar das decisões sobre o vice-governador e o Senado."
Antes dada como certa, a aliança entre PT e PSB foi também prejudicada com a declaração do deputado Ciro Gomes (PSB-CE) - o preferido do presidente Lula para disputar a sucessão ao Palácio dos Bandeirantes -, segundo a qual o PT em São Paulo era um desastre. A situação piorou depois que Skaf afirmou que sua candidatura era irrevogável.